PASTORAL FÉ E POLÍTICA

Arquidiocese de São Paulo

ptarzh-CNenfrdehiitjarues

Temos 699 visitantes e Nenhum membro online

Política Pública de Trabalho: qual?

No dia 31/10/2016 a Escola de Fé e Política Waldemar Rossi discutiu o tema "Trabalho", sob assessoria de Paulo Pedrini da Pastoral Operária. Ouça também o áudio sobre este tema, veiculado pela rádio 9 de Julho, clicando no botão "play" ao final do artigo.

 

A mística inicial partiu do texto

 

A honra de trabalhar (1-Tessalonicenses 4, 11 – 12):

 

 

 

  “Que seja para vocês uma questão de honra levar vida tranquila, ocupando-se com as próprias coisas e trabalhando com as próprias mãos, conforme os instruímos. Desse modo, vocês levarão vida honrada aos olhos dos de fora, e vocês não precisarão de ninguém.”

 

Vitor Hugo Scotton da Escola refletiu:

  • Valoriza o trabalho num mundo onde o trabalho não era valorizado,

espaço onde imperava a escravidão.

Apóstolos trabalhando, assim foram chamados

 

Hoje mudou o termo Trabalhadores para colaboradores

Distorção do termo

 

Na desigualdade não existe comunhão.

 

O assessor Paulo Pedrini iniciou sua aula com uma 

Homenagem ao Waldemar  Rossi

 

Depois enfatizou que para Trabalho há ausência de política pública.

CAT agência de emprego

Orientação trabalhista, informação

Nao é, portanto, política pública voltada ao trabalho.

 

Dados históricos:

Em 1800 revolução industrial

Antes o trabalhador era dono do seu tempo, da remuneração

Após as ferramentas de produção não são mais do trabalhador

Controle grande do tempo do trabalhador

 

Inglaterra, 1o. País a se industrializar, mulher ganhava a metade e a criança

1/4

Máquinas tiraram muita mão de obra

A tecnologia nao é problema, mas a forma como a sociedade aplica a

tecnologia.

 

A classe começou a se organizar em sindicatos, partidos politicos.

A legislação foi fruto da luta

 

1o. de maio - trabalhadores de Chicago 1886

Greve 4 esforcados em praça pública

A data é internacional, só nos EUA é outra data.

A data nasceu da luta!

 

Brasil

1a classe operária = imigrantes

Abolição da escravidão muito tardia

A igreja nunca pediu perdão pela escravidão no Brasil

Não cumpriu sua missão libertadora e não pediu perdão por isso.

Imigrantes italianos  e espanhóis, com grande influência do anarquismo.

O anarquismo reconhece que o Estado está constituido para perpetuar as

desigualdades, assim como eles nao aceitavam ir para a guerra.

Uma vez que na guerra são trabalhadores, contra trabalhadores.

 

No Brasil ocorreu 150 anos mais tarde, o movimento de organizção

Após a revolucao russa de 1917, tem grande influência entre os

trabalhadores.

Surgem os pelegos, com objetivo de amortecer o impacto entre as classes

Em 1940 entra a CLT

Férias, 13o., licença maternidade, regulamentação da jornada de trabalho

Os acidentes de trabalho, eram responsabilidade do trabalhador

Depois oscilações de movimento de avanços e retrocessos.

 

1964 golpe militar

liderancas cassadas, perseguidas e assassinadas

Ontem Santo Dias 37 anos de assassinato

Ontem em Santos, atores foram presos, porque encenavam uma peça

que retratava a questão militar.

 

30 % da população mundial em desemprego ou subemprego

Desemprego

Conjuntural ou estrutural (faz parte do projeto capitalista)

 

Fatores

1.Revolução tecnológica

A tecnologia pode vir e gerar tecnologia para todos

2. Financeirização

Guerra fiscal - montadora, por exemplo, quer instalar fabricas, procure onde

pagar menos impostos.

3. Precarização do trabalho

Grande número trabalha sem nenhum direito

Sem perspectiva de crescer profissionalmente

Mito custo Brasil

O Brasil é um país onde o trabalhador menos paga

Desemprego em São Paulo

8%

indústria

Jovem é sempre o mais atingido

4. Movimento sindical

Instrumento criado para defender os direitos dos trabalhadores, mas

infelizmente houve entrelaçamento das principais sindicais aos interesse do

capital

 

CUT 1980

atuação muito discutível nos anos em que o PT governou o país,

perdeu muito da sua independência

 

Forca sindical

Criada no governo Collor, braço dos empresarios a serviço do

capital

Criada para defender os interesses do  capital

A oposição perde sua força quando o sindicato se atrela àquele que está no

poder.

Perde sua independência de classe

desemprego 17,5 % 2 milhões de pessoas em setembro, na cidade de

São Paulo

Indústria - 2,7% 37 mil postos de trabalho

Comércio -2,6% 41 mil

Serviços -1,4 79mil

Construção + 3,1 % aumentou 18

 

Sintese da CF 1999

Sem trabalho porquê? Mt 20, 1-16

Trabalhadores na vinha

Sair procurando emprego era desonra

Desocupados porque estavam sem emprego

Pegou os que ele precisava, modelo do capital

1 moeda de prata garantia a vida em dignidade para a família

Estão aqui ate agora,  porque ninguém os contratou

Todos tinham familia para sustentar

No Reino não tem diferença, nao tem exclusão.

 

Vida digna, vida em abundância

 

PEC 241/Senado 55

Congelar por 20 anos investimento em saúde, educação, assistência social

Para os banqueiros não tem congelamento

 

Reforma trabalhista

vem no sentido de tirar direitos

 

Reforma previdenciária

Seguridade social - amparo ao trabalhador

Mudanças nas regras de aoosentadoria, idade

Todo dia se fala do rombo da previdência

Sabemos que isso nao é verdade!

 

Quem menos gera recursos, são aqueles que mais podem.

 

Pastoral Operária

Primeira Pastoral Social do Brasil

Waldemar foi um dos fundadores da PO 1970

Nos momentos mais dificeis é que nasce a resistência

Santo Dias

D. Paulo muito presente.

Fonte: Escola de Fé e Política Waldemar Rossi, artigo publicado pela autora diretamente em nosso site. Reprodução de áudio autorizada pela Rádio 9 de Julho (AM 1.600 KHz / SP)

Márcia M. de Castro

Márcia M. de Castro
Márcia Mathias de Castro é fonoaudióloga, membro da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo e Coordenadora da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi (RE Belém). Também é colaboradora da Rádio 9 de Julho (AM 1.600 KHz - SP), participou da Escola de Governo e do Movimento de Integração Campo Cidade (MICC).