PASTORAL FÉ E POLÍTICA

Arquidiocese de São Paulo

ptarzh-CNenfrdehiitjarues

Temos 973 visitantes e Nenhum membro online

Dia da Mulher: ECZL Recebe Erundina

No dia 9 de março (sexta-feira), a Escola de Cidadania da Zona Leste recebeu a Deputada Federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSB/SP) para uma palestra sobre O Dia Internacional da Mulher.

eczl-06Com muita simpatia e bom humor Luiza Erundina discorreu sobre a origem desse dia, seu significado e as leis que garantem a igualdade e dignidade do cidadão, em especial as mulheres. Resaltou a pouca representatividade feminina em nosso parlamento e no executivos, chamando a atenção de todos para o fato de que 52% da população brasileira é feminina enquanto as mulheres ocupam menos de 10% das cadeiras parlamentares e cargos executivos.

Após sua apresentação, Luiza Erundina respondeu a algumas perguntas e esclareceu dúvidas dos presentes. Esta foi a segunda visita da Deputada Federal a Escola de Cidadania da Zona Leste, sendo que a sua primeira participação marcou a aula inaugural da ECZL, em agosto de 2011.

eczl-05Luiza Erundina é paraibana de Uiraúna, tendo assumido seu primeiro cargo público em 1958 quando foi Secretária de Educação da cidade de Campina Grande (PB). Em 1971, perseguida pela ditadura militar migra para São Paulo, onde participaria da fundação do Partido dos Trabalhadores em 1980. Em 1982 é eleita vereadora, em 1986 é eleita deputada estadual e em 1988 elege-se a primeira prefeita da São de Paulo. Em 1993 é nomeada ministra da Secretaria de Administração Federal (Governo Itamar Franco). Em 1997 rompe com o PT e em 1999 é eleita deputada federal pelo PSB.

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é celebrado por diversos países a 8 março e tem como origem as manifestações das operárias russas por melhores condições salariais, de trabalho e pelo fim da participação Russa na 1° Guerra Mundial, que marcaram o início da Revolução de 1917. Esta data foi fixada pela ONU em 1977.

No entanto, o primeiro dia da mulher foi comemorado no dia 28 de fevereiro de 1909 por iniciativa do Partido Socialista da América, em ato de protesto contra as péssimas condições de trabalho das operárias da indústria de vestuário nos EUA. Em 1910 A Internacional Socialista realiza a primeira Conferência Internacional da Mulher em Copenhagem, determinando que haveria um dia comemorativa para a mulher, mas não especificando a data do mesmo.

eczl-04Em 19 de março de 1911 é comemorado na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suiça o primeiro Dia Internacional da Mulher, como resultado da Conferência de 1910. Porém, no dia 25 de março de 1911 ocorre em New York (USA) o pior incêndio da cidade até o 11 de Setembro, onde morreriam 146 operárias (muitas trancadas em seus locais de trabalho) da fábrica Triangle Shirtwaist. O acidente foi atribuído as péssimas condições de conservação e segurança do edíficio da fábrica. A partir dessa tragédia, possou-se a relacionar o Dia Internacional da Mulher a esse fato e a essa data, até o mesmo cair no esquecimento ao final dos anos 20.

Em 8 de março de 1917, sob a liderança da bolchevique Alexandra Kollontai, as operárias russas iniciam uma greve geral em protesto contra a fome, a participação russa na 1° Guerra Mundial, por melhores condições de trabalho e salários dígnos. Este movimento acabou por tomar proporções além das imaginadas pelos líderes operários masculinos e acaba iniciando a Revolução Russa de 1917. Segundo Trotsky, eles não imaginavam que seria o "dia das mulheres" que inciaria a revolução.

Esta data, inicialmente apenas comemorada pelos países socialistas, acabou sendo resgatada no ocidente pelo movimento feminista nos anos 60 e, em 1977, oficialmente reconhecida pela ONU. Até hoje os EUA, Inglaterra, Canadá, Austrália, etc. não reconhecem este dia, preferindo manter a lembrança do acidente que matou as operárias em New York em 1911 e de outros movimentos femininos inciados a partir de 1850.

Saiba mais:

Nova Escola: Dia Internacinal da Mulher

Wikipedia: Dia Internacional da Mulher

Site oficial de Luiza Erundina

 

Paulo J. Lopes

Paulo J. Lopes
Paulo J. Lopes é membro da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo. Para falar com Paulo J. Lopes, utilize nosso formulário de contato.